Budkowski critica gerência da Alpine: "Pessoas de lá merecem algo melhor"

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Budkowski critica gerência da Alpine: Pessoas de lá merecem algo melhor
5 de agosto de 2023 no 12:26
Última atualização 5 de agosto de 2023 no 13:33
  • Marcos Gil

Grandes ambições, mas nenhum resultado. Isso está se tornando uma história um tanto repetitiva na Alpine. Marcin Budkowski viu isso acontecer no passado com a equipe francesa e, em meados de 2023, está acontecendo novamente. De acordo com ele, a Renault simplesmente não está investindo dinheiro suficiente no projeto de Fórmula 1.

Estar na primeira fila por um centavo na categoria rainha não funciona, nem mesmo na Alpine. Budkowski, que foi diretor técnico da Renault/Alpine por três anos até o início de 2022, foi vítima de uma reorganização e agora vê a mesma coisa acontecendo com Alan Permane e Otmar Szafnauer.

Má administração da Alpine

"Conheço muitas pessoas lá e estou em contato constante com elas. Eles merecem algo melhor, melhores resultados e melhor gerenciamento", disse Budkowski, que está reconhecidamente feliz com o fato de que o ex-CEO Laurent Rossi teve que deixar o cargo. Ele concorda plenamente com Alain Prost, que foi afastado por Rossi no ano passado, que chamou o CEO demitido de "homem incompetente e arrogante".

"Em geral, Alain e eu vemos as coisas da mesma maneira. Falei com ele logo após o anúncio dessas mudanças na Alpine. Sinceramente, também estou triste porque essa equipe é muito querida para mim. Passei muitos anos lá", disse ele. "O problema com a Renault sempre foi que as ambições eram muito altas e as finanças inadequadas. A cada ano, as ambições eram cada vez maiores, mas os recursos investidos não eram. Entretanto, a diretoria da Renault nunca quis saber disso", disse Budkowski à filial polonesa da Viaplay, onde trabalha como analista.

O próprio Szafnauer enfatizou que saiu por acordo mútuo com a Alpine. Budkowski observa que a cúpula da Renault não teve paciência suficiente para sua abordagem. "Otmar passou muitos anos na Fórmula 1 com diferentes equipes. Ele sabe o que é necessário para vencer e como é difícil conseguir isso. Ele também sabe quanto dinheiro as equipes bem-sucedidas gastam e quanto tempo leva para vencer. Essa abordagem provavelmente não foi apreciada pela Renault."