A função mais difícil na F1: "Os pilotos precisam entender a estratégia"
- Vicente Soella
Um dos cargos mais empolgantes, porém mais difíceis, em uma equipe de Fórmula 1 é o de engenheiro de estratégia. Essa pessoa é a principal responsável pela estratégia da equipe durante toda a corrida. Se tudo der certo, ela recebe todos os méritos, mas se algo der errado, rapidamente se torna motivo de piada.
Na Aston Martin, Tom McCullough é o gerente de desempenho da equipe responsável pela estratégia dos carros de Fernando Alonso e Lance Stroll. Ele mesmo diz que esse é o trabalho mais difícil da Fórmula 1, porque você está sempre trabalhando para traduzir dados e circunstâncias em constante mudança.
De acordo com ele, o mais difícil para um estrategista é aprender a reagir em situações que acabam sendo diferentes das esperadas originalmente. "É tudo uma questão de consciência situacional e fazemos muito treinamento sobre isso - ser capaz de dar um passo atrás e ver o que está realmente acontecendo", diz McCullough ao site da Aston Martin. "Você precisa ser ágil; as melhores equipes de estratégia são muito ágeis. Todos nós adoraríamos fazer a estratégia após a corrida com o benefício da retrospectiva, mas você não pode fazer isso. Você só vive uma vez. Você tem que decidir no momento. É isso que torna esse trabalho tão desafiador".
Plano A, plano B ou plano C?
Pelo rádio, os estrategistas conversam com os outros engenheiros e com os pilotos em linguagem de código: plano A, plano B e assim por diante. "Você precisa garantir que seus pilotos entendam a estratégia", diz o britânico, ressaltando que as conversas com as mais diversas seções da equipe ocorrem continuamente durante um fim de semana de Grande Prêmio. "Portanto, se você pretende seguir uma carreira nessa área, precisa ser um comunicador confiante, eficaz e eficiente", informa McCullough.