Chefe da Pirelli faz alerta sobre Las Vegas: "Os pilotos vão reclamar"

No final de novembro, há um fator complicador adicional em Las Vegas: a temperatura. As sessões terminam à noite, e é quando normalmente a temperatura cai para uma média de 7ºC. Portanto, o aquecimento dos pneus dos carros será definitivamente um problema.

Muitas incógnitas

"É um passo para o desconhecido, para todos, acredito", diz Mario Isola, chefe do projeto de Fórmula 1 da Pirelli. "Las Vegas será fria, é um circuito de rua. Então, estávamos trabalhando com as equipes e pedimos a elas simulações com antecedência para tentar entender quanta energia está sendo colocada nos pneus. Recebemos informações das empresas que estão fabricando o asfalto para entender o grau de abrasividade do asfalto e qual é o nível de fluência que podemos esperar".

"Mas ainda há muitos pontos de interrogação em Las Vegas. Decidimos usar os três compostos mais macios de nossa linha para tentar gerar aderência. Posso imaginar muita evolução na pista e uma aderência muito baixa, então eles (pilotos) vão reclamar! Não tem problema. Nós também vamos administrar essa situação, mas é uma grande incógnita. Uma pista rápida, longas retas, alta velocidade e todas as condições que são muito difíceis de gerenciar", alerta o chefe da fornecedora de pneus.