O calendário atual da F1 está em conflito com a iniciativa da categoria
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F1 News
- Vicente Soella
A Fórmula 1 sempre está envolvida com ações que tenham um impacto social. Durante a pandemia do COVID-19, por exemplo, várias campanhas foram feitas para conscientizar as pessoas sobre o uso de máscaras e outras medidas de proteção. Atualmente, a campanha mais mais conhecida é a "We Race As One", onde o foco dessa iniciativa é a sustentabilidade, a diversidade, a inclusão e a comunidade. No entanto, a própria categoria parece ir contra aquilo que costuma pregar.
O calendário atual da F1 exige muito dos pilotos e dos membros da equipe. Isso se deve ao fato de que o calendário não é apenas muito extenso em quilômetros, mas também se desloca constantemente entre continentes e fusos horários. A segunda parte da temporada, após as férias de verão, é especialmente difícil.
O circo da F1 saiu de Las Vegas e viajou para Abu Dhabi na semana passada. Uma distância enorme entre os dois lugares e com um fuso horário muito diferente. O que ajuda é o fato de as sessões em Abu Dhabi serem realizadas um pouco mais tarde, de modo que pelo menos uma boa noite de sono é garantida para todos.
Não muito sustentável
Max Verstappen foi questionado na coletiva de imprensa sobre o que ele acha do calendário atual. Ele disse que, do jeito que as coisas estão indo agora, não é viável para o futuro, especialmente com o fato de que o calendário do próximo ano inclui uma rodada tripla com Las Vegas, Catar e Abu Dhabi. "É um pouco estranho estarmos do outro lado do mundo antes de chegarmos aqui. Especialmente quando você está falando sobre sustentabilidade, provavelmente não é muito sustentável. Não apenas para as emissões, mas também para o corpo humano", começou o holandês.
O calendário para 2024 já está definido, mas Verstappen espera que algo possa ser mudado para o futuro. "Já são muitas corridas, mas precisamos fazer um trabalho melhor na colocação dos Grandes Prêmios. Acho que eles estão fazendo isso no início do ano [que vem], então isso já vai ajudar", disse o holandês.