Ex-campeão diz que "a F1 perdeu muito valor" após a morte de Senna

O ex-campeão mundial Jacques Villeneuve fala sobre como a Fórmula 1 mudou após as trágicas mortes de Ayrton Senna e de seu pai, Gilles Villeneuve, dizendo que "é difícil pensar em algo ruim para a F1".

Jacques Villeneuve seguiu os passos de seu pai e atuou na Fórmula 1 de 1996 a 2006, começando 163 corridas em sua carreira e conquistando 11 vitórias. Mais notavelmente, ele foi o campeão mundial em 1997 quando dirigia para a Williams.

Senna "se tornou uma figura quase mítica"

No Casino Online IN, o Candian falou sobre a morte do grande Senna durante o Grande Prêmio de San Marino de 1994, destacando as melhorias no esporte após a morte do brasileiro há 30 anos, além da tragédia de perder seu pai no Grande Prêmio da Bélgica de 1982.

A morte de Senna, tricampeão mundial, abalou profundamente o mundo da Fórmula 1, e Villeneuve reconheceu o quanto o brasileiro significava para o esporte. " A Fórmula 1 perdeu muito do valor que ele trouxe", disse o canadense.

"Ele era super talentoso, super rápido e provavelmente teria dado uma luta incrível a outros pilotos nos próximos anos, porque era muito apaixonado por corridas".

"Ele se tornou uma figura quase mítica. Qualquer piloto que falece ao volante mantém seu lugar na história por muito mais tempo do que vários campeões".

As mortes "marcaram o início da F1 moderna"

A morte de Senna não foi a única morte que abalou o mundo da F1. 12 anos antes, Gilles Villeneuve também perdeu a vida ao volante depois de colidir com Jochen Mass, fato que Jacques Villeneuve disse "ter dificuldade para pensar".

"O fim de semana da morte de Senna foi provavelmente o que mais doeu, porque foi quando houve mais danos humanos. Mas, para mim, o pior fim de semana foi a morte do meu pai, por isso tenho dificuldade em pensar em algo que pode ter sido ruim para a F1.

"Mas a morte de Senna marcou o início da F1 moderna. A mentalidade em relação à morte e aos ferimentos mudou na época, em comparação com as décadas de 1970 e 1980".

O ex-campeão mundial também disse que aquele trágico fim de semana no Grande Prêmio de San Marino foi o catalisador das mudanças de segurança na Fórmula 1. "Foi um começo. Naquela época, você ficava feliz em chegar ao final da temporada sem ter quebrado nada. E feliz se você não tivesse morrido.

"Agora você fica surpreso se quebrar um dedo! Isso é o quanto eles são seguros e o fato de serem tão rápidos como sempre foram."