FIA confirma reestruturação e Ben Sulayem ganha mais poder na organização
- Jeroen Immink
A tão discutida reestruturação da FIA está finalmente acontecendo, o que dará ao presidente Mohammed Ben Sulayem e ao presidente do Senado, Carmelo Sanz de Barros, mais poder dentro da organização.
A nova atribuição de responsabilidades da FIA dentro de sua estrutura faria com que o comitê de ética e auditoria abrisse mão de parte de sua autonomia tanto para o Presidente da FIA quanto para o Presidente do Senado. Por exemplo, o comitê de auditoria não poderá iniciar uma investigação financeira sem a solicitação do Presidente. As mudanças, conforme declarado pelo órgão dirigente, estão ocorrendo por vários motivos, no entanto, um deles é interromper os vazamentos para a mídia, com a qual Ben Sulayem tem tido desentendimentos desde o início de seu mandato.
"Em primeiro lugar, para preservar e aumentar a independência do comitê de ética, reduzindo o envolvimento da administração da FIA em sua operação", diz a declaração. "O comitê de ética, que antes se reportava apenas ao presidente, agora se reporta tanto ao presidente quanto ao presidente do Senado. O comitê agora tem poderes para avaliar de forma independente se deve ou não iniciar uma investigação", continuou o comunicado.
"Em segundo lugar, como resultado de vazamentos contínuos para a mídia de material confidencial, incluindo relatórios do comitê de ética, propõe-se agora que a distribuição de qualquer relatório do comitê de ética seja limitada", ao mesmo tempo em que afirma que isso não impediu Ben Sulayem ou Sanz de Barros de "envolver" membros da FIA, bem como funcionários da FIA em suas decisões. O presidente da FIA foi investigado por vários casos de interferência durante a temporada de 2023 da F1. Em todas as ocasiões, ele foi absolvido.
"O objetivo das mudanças é esclarecer que o comitê de auditoria é um órgão consultivo do senado e que deve operar dentro dos limites dos estatutos da FIA. As emendas propostas simplesmente esclarecem que o comitê de auditoria é um órgão de apoio ao senado e que os regulamentos internos do comitê de auditoria serão, no futuro, aprovados pelo senado", concluiu a declaração da FIA.