Conheça a história da Ford na Fórmula 1
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Os rumores foram confirmados: Red Bull Racing e Ford entrarão em parceria a partir da temporada 2026 de Fórmula 1. Não será a primeira incursão da marca americana na F1, na qual eles têm uma longa história. Após uma ausência de mais de 20 anos, a Ford fará sua reentrada no esporte.
Longa história na F1
A história da Ford na Fórmula 1 ganhou força em 1963. Em parceria com a britânica Cosworth, o primeiro motor na F1 foi fornecido à Lotus, com a Cosworth produzindo o motor com o apoio financeiro da Ford. Um grande sucesso se seguiria alguns anos mais tarde com a introdução do motor Double Four Valve (DFV).
Cosworth DFV
O Cosworth DFV, financiado pela Ford, tornou-se um sucesso estrondoso e teria um grande impacto sobre o esporte. O motor, que fazia parte do Lotus 49, fez sua estréia no Grande Prêmio da Holanda em 1967, com Jim Clark ao volante. Esta combinação foi imediatamente vencedora e, apesar de ter que perder as duas primeiras corridas, a equipe terminou em segundo lugar no campeonato e venceu quatro das oito corridas restantes.
Após o sucesso da temporada de 1967, a Ford decidiu encerrar sua parceria exclusiva com a Lotus, colocando o motor à disposição de outras equipes. Como a DFV não era apenas forte e confiável, mas também acessível, o motor tornou-se a escolha padrão de muitas das equipes. Entre outros, McLaren, Brabham, Surtees e Williams correram com ele. No total, o motor representou 155 vitórias em 262 corridas e nove títulos de construtores entre 1967 e 1985.
Projeto de F1 fracassado com Haas Lola
Entretanto, tudo chega ao fim e o sucesso do DFV também. O próximo projeto da Ford foi em parceria com a Haas Lola (que não tem relação com a Haas atual), mas teve muito menos sucesso. A Ford desenvolveu um motor V6 turboalimentado em 1984, mas a produção foi extremamente lenta e o motor não estave pronto até 1986. Uma vez comissionado, o motor teve um desempenho decepcionante. Enquanto isso, a equipe teve grande dificuldade em encontrar financiamento para a próxima temporada de F1, o que acabou resultando em sua venda.
Ford e Benetton
Essa decepção não impediu a Ford de fornecer motores para a Benetton em 1987. Equipada com um motor Ford, a equipe começou a marcar mais e mais pontos e cresceu até se tornar um grande sucesso, para o qual Michael Schumacher foi um grande contribuinte a partir de 1991. Jos Verstappen tornou-se seu companheiro de equipe em 1994, no mesmo ano em que Schumacher conquistou seu primeiro título mundial.
Stewart e Jaguar
Em 1995, a Benetton mudou para os motores Renault e um ano depois a Ford fez uma parceria com a Stewart Grand Prix, de propriedade do tricampeão mundial Jackie Stewart. Após várias temporadas com problemas de confiabilidade, 1999 viu a temporada de maior sucesso para a equipe, que conseguiu terminar em quarto lugar no campeonato.
Depois disso, a Ford comprou a equipe de Stewart e a renomeou como Jaguar Racing para promover a então subsidiária da marca americana. No entanto, a Jaguar nunca conseguiu deixar sua marca no esporte e não pôde competir com os melhores times, o que levou a Ford a se retirar da F1 em 2004. O time foi vendido para a marca à qual a Ford agora tem seu nome anexado: Red Bull.