'Drive to Survive fez com que os americanos se lembrassem de como os pilotos de F1 são durões'
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Antes do Grande Prêmio de Las Vegas, o apresentador de TV da F1, James Hinchcliffe, explica por que a Fórmula 1 se tornou um sucesso tão grande nos Estados Unidos. Atualmente, há três corridas nos Estados Unidos, sendo que a terceira será realizada em um dos locais mais emblemáticos do mundo, Las Vegas, na próxima semana. Nem sempre foi fácil para a F1 entrar no mercado americano, e o canadense revela exatamente como a Liberty Media acertou sua tentativa de expansão em sua última coluna.
No site oficial da F1, o ex-piloto da Fórmula Indy aborda o tema em sua coluna. A ascensão do esporte na América do Norte tem sido rápida. 2024 será o segundo ano consecutivo em que três Grandes Prêmios serão realizados nos Estados Unidos. Antes da Liberty Media, a F1 lutava para atrair um público americano forte, especialmente desde o desastre de 2005 em Indianápolis, que mais ou menos a matou na época. Afinal de contas, a NASCAR e a IndyCar sempre foram as duas maiores séries do continente antes da recente ascensão da F1.
"Desde a aquisição pela Liberty Media e a explosão de conscientização que veio com o brilhante Drive To Survive da Netflix, a presença da F1 permeou não apenas a base tradicional de fãs de corrida, mas também uma demografia muito mais ampla - e visivelmente mais jovem e feminina", afirma Hinchcliffe. Não se pode negar que o programa da Netflix, que estreou em 2018, revolucionou o esporte para melhor.
Hinchcliffe: 'Os pilotos são a verdadeira atração'
"O que não mudou foi o desafio de dirigir um carro de Fórmula 1 rapidamente. De andar roda a roda com os melhores do ramo nas pistas mais difíceis do planeta. De vencer. Os pilotos que conseguem dominar essas habilidades são a verdadeira atração. E a Liberty sabe disso.
"O que Drive To Survive ajudou o público norte-americano a lembrar é como os pilotos de Fórmula 1 são realmente durões. Os desafios na pista, os obstáculos fora dela e os traços de personalidade necessários para enfrentar ambos criam personagens fascinantes e ação altamente divertida", continua o canadense. A série da Netflix ajudou a destacar as personalidades dos pilotos, um elemento que às vezes faltava sob a liderança de Bernie Ecclestone.
'A América é o país mais visitado do calendário'
Por exemplo, Daniel Ricciardo apareceu no popular programa de entrevistas noturno Jimmy Kimmel Live. Lewis Hamilton também é sócio-proprietário da equipe da NFL, o Denver Broncos. O britânico também pode ser visto regularmente com estrelas famosas da cultura pop dos EUA e já apareceu várias vezes no famoso Met Gala. Essas atividades "extracurriculares", se você preferir, colocam a Fórmula 1 sob os holofotes de uma forma que nem sempre esteve presente anteriormente.
"O Grande Prêmio dos Estados Unidos no Circuito das Américas praticamente dobrou de público desde então, e a adição de Miami e Las Vegas fez dos Estados Unidos o país mais visitado do calendário", explicou Hinchcliffe. A venda de ingressos não foi afetada pela adição de um terceiro Grande Prêmio em Las Vegas no ano passado. As equipes e os pilotos agora se preparam para correr na pista pela segunda vez, o que resume a nova popularidade e o amor pelo esporte nos Estados Unidos.
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