Russell tem palavras severas para Ben Sulayem

Falta de confiança na liderança da FIA

Russell admitiu que não é difícil ter uma reunião cara a cara com o presidente da FIA, mas conseguir que essas discussões sejam realizadas é mais desafiador. "Acho que conseguir que as coisas mudem ou que as promessas sejam cumpridas parece um pouco mais desafiador. Então, talvez a FIA ou o presidente não tenha reconhecido a seriedade com que todos nós nos sentimos. Então, acho que é por isso que, ao longo das 20 corridas deste ano e também do ano passado, falamos sobre vários tópicos", disse Russell.

"Todos os pilotos se sentem muito parecidos. Todos nós sabemos o que queremos do esporte e a direção que ele está tomando. Provavelmente, achamos que queremos dar uma pequena reviravolta em vários tópicos e queremos apenas trabalhar em conjunto com a FIA para isso. É exatamente isso que sentimos que não está acontecendo, pelo menos diretamente com o presidente", continuou ele.

No ano passado, várias figuras do alto escalão da FIA deixaram a entidade - pressionadas ou não. O diretor esportivo Steve Nielsen, o diretor técnico Tim Goss e a CEO Natalie Robyn saíram. Niels Wittich não é mais o diretor de corridas da FIA na Fórmula 1, e Paolo Basarri não é mais o diretor de conformidade da FIA. De acordo com Russell, isso está tendo um efeito indireto.

"Reconhecemos que todos estão trabalhando o máximo que podem para fazer o melhor trabalho possível. Obviamente, há uma enorme quantidade de mudanças na FIA com bastante regularidade, portanto, claramente não é o mais estável dos lugares e talvez seja por isso que tem sido um pouco desafiador conseguir implementar algumas das mudanças que queríamos. Se sentirmos que estamos sendo ouvidos e que algumas das mudanças que estamos solicitando estão sendo implementadas, porque, em última análise, estamos fazendo isso apenas para o benefício do esporte, então talvez nossa confiança aumente", continuou Russell.

"Há vários pilotos que se sentem um pouco cansados de toda a situação e parece que ela está indo, até certo ponto, na direção errada", acrescentou. Isso ocorre depois que a Associação de Pilotos de Grand Prix publicou uma carta aberta nas mídias sociais, na qual expressou suas preocupações. Russell confirmou que a FIA ainda não respondeu.