Brundle questiona as decisões da Ferrari: "Tudo parece um pouco estranho"

Binotto não vai ser mais o chefe de equipe da Ferrari após o final da temporada. Há algum tempo circulavam rumores de que os dois lados iriam se separar. No final, foi o próprio Binotto quem pediu para sair, pois ele supostamente não sentia que tinha a confiança dos donos da Ferrari.

As chances da Ferrari para o próximo ano vão depender enormemente do sucessor de Binotto, mas acima de tudo de quão rapidamente essa pessoa pode entrar e começar a moldar o time. Por sua própria escolha, a Ferrari não quer nomear um sucessor até o novo ano, mas Brundle acha que essa é uma escolha estranha.

"Eles perderam seu chefe técnico e seu diretor de equipe, então, a menos que eles tenham alguém muito, muito bom para substituí-lo imediatamente, tudo parece um pouco estranho", explicou o comentarista da Sky Sports. "Você trabalha lá na Ferrari não apenas para uma equipe, mas para todo um país".

O foco em um italiano atrapalha a Ferrari

A Ferrari vem tentando voltar ao topo há anos, mas não ganha um título desde 2008. De acordo com Brundle, isto tem a ver principalmente com a abordagem que a Ferrari faz para moldar o time.

"Eles querem alguém que fale italiano. E eu acho que o problema é que, se você olhar para trás, quando eles tiveram sucesso pela última vez, eles tinham um francês em Jean Todt, um britânico em Ross Brawn, um sul-africano com Rory Byrne e assim por diante. Talvez seja isso que eles precisem novamente, algo assim: pessoas que não estejam completamente expostas à mídia italiana diariamente".