Honda: "Podemos lidar com o motor de forma diferente"

Honda não é a mais rápida, mas a melhor

O que as equipes ainda podem fazer é mexer no motor se isso for importante para a confiabilidade e durabilidade da unidade de potência. As equipes também podem conseguir mais velocidade fora do carro alinhando melhor o chassi e o motor, mas como o mesmo não pode ser modificado até 2026, a Honda não está falando de um motor mais rápido para 2023, mas sim de um melhor.

O Auto, Motor und Sport cita o gerente de projetos da Honda, Tetsushi Kakuda: "Nos últimos anos, todos os construtores de motores têm optado pelo desempenho ao invés da confiabilidade". Com a chegada do novo combustível E10, muito desta velocidade foi perdida, então as equipes tentaram compensar isso com um desenvolvimento agressivo. "Isso aumentou seriamente a pressão sobre os cilindros internos. O E10 mais ou menos exigia muito dos motores. Nós tentamos resolver estes problemas para 2023", afirma Kakuda.

Confiabilidade do motor dá vantagem estratégica

A Honda diz que o congelamento no desenvolvimento do motor parece estar funcionando porque as regras, como estão, permitem uma melhoria mínima do motor. O que é mais importante para os departamentos de motores das equipes nos próximos anos até 2026 é focar na confiabilidade. Kakuda: "Com mais estabilidade e durabilidade, nós temos mais opções estratégicas. Nós podemos lidar com o motor de forma diferente".

Enquanto a Red Bull Racing foi a mais rápida com o motor Honda no ano passado e a Ferrari só chegou perto em termos de velocidade máxima no final do ano, parece, com base nos testes de inverno de 2023 da F1, que a Ferrari agora tem a maior velocidade máxima. Isto parece ser devido principalmente à aerodinâmica do SF-23. Como resultado, a Ferrari perde velocidade nas curvas.