Briatore: "A política da Ferrari tem que ser ousada"

Briatore esteve ativo na Fórmula 1 de 1988 a 2009. Como chefe de equipe, ele ganhou o campeonato duas vezes com a Benetton e duas com a Renault, e liderou as carreiras de Michael Schumacher e Fernando Alonso. Durante seu tempo como chefe de equipe, ele enfrentou regularmente a Ferrari.

"Nós conhecemos a Ferrari assim há anos", disse Briatore, refletindo sobre como a equipe italiana está se saindo este ano. "Não é como se algo único tivesse acontecido agora, é o mesmo que acontecia antes. A política da Ferrari tem que ser ousada. No ano passado, eles tiveram uma vantagem, mas então a FIA mudou as regras por causa do porpoising. Se eu tivesse estado na Ferrari, eu não teria permitido que as regras fossem mudadas".

Comunicação com Leclerc foi instável

No Grande Prêmio da Arábia Saudita, os problemas internos na Ferrari se tornaram dolorosamente óbvios. Além do fato de que a velocidade do carro foi decepcionante, houve um momento particular em que Leclerc repreendeu publicamente seu engenheiro de corrida sobre a forma como as instruções eram passadas ao piloto.

"Mesmo a comunicação não é brilhante", julgou Briatore. "No inverno, a Ferrari parece ser sempre uma candidata ao título, e então acontece que não é assim. Durante a apresentação do carro, Benedetto Vigna disse que foi a Ferrari mais rápida de todos os tempos. Isto só cria confusão. Você não deveria prometer tanto! Agora a Ferrari é forçada a ganhar o campeonato mundial, mas infelizmente outros times o têm muito melhor. Diminuir essa diferença vai ser muito, muito difícil".