"A Ferrari sofre por querer ser tão italiana"
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Ralf Schumacher acha que a Ferrari está atrapalhando ela mesma ao se concentrar demais no caráter italiano da equipe. Em uma entrevista com o Auto Bild, o ex-piloto de F1 discute o estado atual da equipe com o qual seu irmão Michael se tornou uma lenda.
A Ferrari não conquista um título há 15 anos. No ano passado, a equipe foi capaz de competir com a Red Bull no início da temporada, mas depois cometeu diversos erros que jogaram suas chances no lixo. Este ano, a equipe italiana parece estar ainda pior: não só a Red Bull, mas também a Mercedes e a Aston Martin continuam à frente da Ferrari no campeonato até agora.
De acordo com Schumacher, o problema tem a ver com a política interna da equipe. "Eu acho que eles ainda estão sofrendo com o anúncio do ex-presidente Sergio Marchionne, que declarou uma equipe totalmente italiana como sendo o credo da Ferrari. Nacionalidade não deve contar, mas qualidade. A grande força na época do sucesso de meu irmão, foi que havia uma competência sem precedentes naquela equipe. Meu irmão, Jean Todt, Ross Brawn, a designer Rory Byrne. Era importante que lhes fossem dada toda a liberdade de que precisavam".
Vasseur é primeiro não-italiano desde Jean Todt
Com Frederic Vasseur no comando, a Ferrari tem um chefe de equipe que não é italiano pela primeira vez desde 2007. De acordo com Schumacher, este é um desenvolvimento positivo, embora ele esteja bastante seguro de que não dará frutos ainda em 2023.
"O antecessor de Vasseur, Mattia Binotto, era muito próximo da Ferrari para poder fazer as escolhas certas", disse Schumacher. "Vasseur aprendeu sobre o automobilismo por conta própria. Ele tem a capacidade de extrair o máximo de cada colaborador. Mas eu ainda acho que eles não competirão pelo campeonato".