Histórico | A Aston Martin pode esperar por um 2024 muito agitado

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14 de outubro de 2023 no 17:40
  • Ludo van Denderen

Fernando Alonso sempre foi conhecido por levar muita agitação para as equipes por onde ele passou. Ninguém duvida das qualidades excepcionais do espanhol, mas com seu comportamento considerado problemático e, às vezes, com suas declarações polêmicas ("motor de GP2!"), ele sempre esteve no centro de controvérsias durante sua longa carreira. Na Aston Martin, não há nada disso. Pelo contrário, tudo e todos ao redor de Alonso estão causando alvoroço desta vez. Tudo isso levará a um 2024 agitado na Aston Martin.

Para todos que acompanham a categoria, a discussão se dá principalmente em torno da composição da dupla de pilotos após (ou talvez até durante) 2024. Ninguém sabe exatamente a duração do contrato de Alonso, mas dizem que o espanhol tem um compromisso até o final da próxima temporada com a equipe de Silverstone. Porém, Alonso terá 43 anos, e por isso ninguém ficará surpreso se ele decidir pendurar suas luvas e se aposentar da Fórmula 1 pela segunda vez. De qualquer forma, conversas sobre o futuro aguardam a Aston Martin e o bicampeão mundial, o que, sem dúvida, chamará muita atenção.

O futuro de Lance Stroll

Lance Stroll já sabe que todos os olhares estão sobre ele, embora o canadense normalmente não tenha que se preocupar com seu contrato. O pai Lawrence é um dos proprietários da Aston Martin e todos presumem que Lance terá permissão para permanecer na equipe enquanto o seu progenitor estiver no comando. Embora também não tenha passado despercebido por ninguém o fato de que Lance tem tido um desempenho cada vez mais fraco nos últimos meses e causado uma impressão bastante desagradável (para dizer o mínimo). O Diretor de Conformidade da FIA chamou a atenção do canadense na última sexta-feira por causa de um incidente no Catar.

Enquanto outras equipes sempre enviam um comunicado à imprensa e fazem algumas postagens nas redes sociais falando sobre as extensões de contrato de seus pilotos, isso nunca acontece com Stroll. Ano termina e ano começa, e o canadense estará lá. Sem aviso prévio. Porque, sim, neste momento, todos presumem que Stroll também estará ao volante da Aston Martin em 2024.

Ainda não sabemos se o mesmo vai acontecer em 2025. Pode ser que não. Embora a Aston Martin negue veementemente, uma mudança do piloto para o Campeonato Mundial de Endurance (WEC) faria todo o sentido. De fato, a partir de 2025, a marca britânica estará ativa nas corridas de endurance com um hipercarro, e isso seria uma boa oportunidade para Stroll continuar a sua carreira no automobilismo.

Vai vender a Aston Martin?

Como já foi dito, enquanto o pai Lawrence estiver no comando da Aston Martin, Lance não precisará se preocupar com a sua vaga na Fórmula 1. Só que é altamente incerto se Lawrence Stroll ainda estará no comando depois de agosto de 2024. Isso ocorre porque há rumores de que o Zhejiang Geely Holding Group - atualmente um dos acionistas da equipe de F1 da Aston Martin - quer ter o controle sobre a maior parte das ações.

Apesar dos rumores da China de que a Geely quer assumir a propriedade total da AMR GP (como a holding é oficialmente chamada) o mais rápido possível, isso não é contratualmente possível, em princípio, no momento. Quando a Force India foi adquirida em agosto de 2018 por um consórcio liderado por Lawrence Strulovitch (o verdadeiro sobrenome, já que Stroll é apenas um "apelido" simplificado), foi acordado que nenhuma das partes participantes poderia ter mais de 25% das ações nos primeiros cinco anos. Esse acordo expira em agosto de 2024. De fato, se um dos acionistas conseguir garantir pelo menos 29,9% das ações a partir de então, essa parte será obrigada a fazer uma oferta aos demais por suas ações. O preço a ser pago por ação é igual ao preço mais alto depositado por uma ação da AMR GP nos 12 meses anteriores.

Dessa forma, um dos atuais acionistas poderia assumir o controle total da equipe da Aston Martin na F1 em 2024. Se as histórias da China forem verdadeiras, a Geely planeja ir atrás dessa pequena participação de 5% para fazer a oferta de aquisição. A grande questão é o que Stroll fará: será que ele quer vender ou, ao contrário, tentará aumentar seu portfólio de ações, impossibilitando uma aquisição?

De qualquer forma, um ano muito interessante aguarda a Aston Martin em várias áreas.