Chefe da Pirelli procura entender incógnitas do asfalto em Las Vegas
- Vicente Soella
Mais cedo, o chefe da Pirelli, Mario Isola, revelou que o GP de Las Vegas é "um passo para o desconhecido" para a fabricante de pneus e para as equipes de F1. Ele está repleto de pontos de interrogação em torno da nova corrida do calendário. As condições do asfalto são uma das maiores icógnitas para o fim de semana.
Las Vegas: um passo rumo ao desconhecido
As baixas temperaturas em Las Vegas à tarde e à noite tornarão as coisas muito difíceis para as equipes. O aquecimento dos pneus será um grande desafio, e Isola já havia previsto há algumas semanas que haverá reclamações por parte dos pilotos. Além do aquecimento, também é difícil estimar como os pneus reagirão ao baixo nível de downforce que a pista exige e ao asfalto acidentado ou não.
No ano passado, a Pirelli pediu às equipes que fizessem várias simulações e compartilhassem suas expectativas sobre o comportamento dos pneus com a fabricante. Dessa forma, Isola acredita que está o mais preparado possível, mas alerta para várias áreas com problemas em potencial em uma perspectiva para o terceiro fim de semana de GP dos Estados Unidos.
Tráfego normal durante o dia
O circuito de rua de Las Vegas é o segundo circuito mais longo do grid, ficando atrás apenas de Spa-Francorchamps, e totalmente desconhecido para todos os pilotos. "A superfície será uma mistura do asfalto de rua habitual, especialmente na Strip atual, bem como outras partes que foram completamente reasfaltadas para a ocasião, acrescentando outro elemento desconhecido. Não haverá nenhuma corrida preliminar e a pista será aberta novamente ao tráfego normal por longos períodos do dia, o que significa que a superfície não ficará emborrachada como de costume, oferecendo melhor aderência", começou Isola.
O circuito de Las Vegas tem três longas retas e 17 curvas, que devem ser seções longas e lentas. Portanto, Isola espera que as equipes façam uma configuração de baixo downforce.
Semelhante a Monza e Baku
"Semelhante a Baku ou mesmo Monza: atingir uma velocidade máxima alta será fundamental para ser competitivo. Todas as sessões serão realizadas à noite, com temperaturas ambiente e de pista incomuns para um fim de semana de corrida; mais parecidas com as encontradas quando os testes de pré-temporada costumavam ser realizados na Europa. Essas longas retas também dificultam o aquecimento dos pneus na classificação, além de mantê-los na janela certa: o mesmo desafio visto em Baku, que provavelmente será mais acentuado em Las Vegas", acrescentou Isola.