Wolff responde se o domínio da Red Bull é prejudicial à F1: "Meritocracia"

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29 de novembro de 2023 no 06:45
  • Vicente Soella

Max Verstappen conseguiu conquistar nada menos que 19 vitórias em 2023; mais do que qualquer outro piloto na história da Fórmula 1. Os fãs do tricampeão mundial, sem dúvida, estão curtindo bastante essa nova era de domínio na categoria, mas os fãs que esperam competitividade e, certamente, os torcedores da Mercedes, podem não estar gostando tanto assim.

Durante uma entrevista com a imprensa internacional - na qual o GPblog esteve presente - um jornalista italiano perguntou a Wolff se ele temia que esse domínio de um piloto fosse ruim para a Fórmula 1. "Os números que temos visto são fortes", disse o chefe da equipe Mercedes. "Estamos crescendo nas mídias sociais, estamos vendo corridas lotadas e com ingressos esgotados. Não sei como estão os números da TV italiana, se caíram ou não, mas, basicamente, o que importa é o espetáculo e, se o espetáculo não for bom, nossos fãs nos seguirão menos".

"Mas eu acho que o que eu sempre digo no esporte; eu gosto da imparcialidade [no esporte]. O espetáculo segue o esporte. E o esporte é uma meritocracia; se alguém faz o melhor trabalho, vence e o faz muito melhor do que todos os outros, ele vence 19 corridas. Você não pode realmente impedir isso. Portanto, nós, a Ferrari e todas as outras equipes temos que fazer um trabalho melhor para podermos competir com a Red Bull Racing e não podemos mudar tudo."

A Mercedes reconhece a situação

Ainda assim, Wolff pode imaginar algumas pessoas abandonando a Fórmula 1 por causa de sua previsibilidade. "É claro que existe o risco de que, em uma determinada corrida, as pessoas digam: 'Eu sei de antemão o resultado', como aconteceu durante anos com Lewis [Hamilton]. Mas temos de fazer melhor. E eu não quero esperar até 2026 para isso", acrescenta Wolff.