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Montezemolo apoia Verstappen em embate com comissários: A FIA exagera

Montezemolo apoia Verstappen em embate com comissários: "A FIA exagera"

Hoje no 04:00
  • Marcos Gil

Max Verstappen foi recentemente eleito por todos os chefes de equipe como o melhor piloto de 2024. O ex-presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, parece concordar com eles, elogiando o agora tetracampeão mundial por prevalecer sobre seus rivais mesmo quando "ele tinha um carro inferior", e emitindo um lembrete para os comissários da FIA de que a F1 "está se tornando um relógio de precisão" e pede que eles deixem "espaço para a emoção".

Para La politica nel Pallone na Rádio GR Parlamento, o presidente mais vitorioso da Ferrari, com campeões como Niki Lauda e Michael Schumacher, elogiou Verstappen por sua façanha durante a temporada deste ano. "Há grandes campeões e depois há campeões como Sofia Goggia no esqui, Federica Pellegrini na natação ou Jannik Sinner no tênis. Na F1, Verstappen é um campeão, ele sempre foi muito forte, mesmo no kart", começou Montezemolo, que viu o holandês chegar ao limite quando lutava contra seus rivais, muitas vezes superiores. "Este ano, ele teve de exigir o máximo de si mesmo: tinha um carro inferior ao da McLaren e, em alguns casos, até mesmo ao da Ferrari."

Comissários puniriam os grandes nomes do passado?

No entanto, estar no limite com tanta frequência o colocou na mira da FIA, o que, na opinião de Verstappen, fez com que as decisões do órgão regulador nem sempre fossem consistentes. Montezemolo também comenta sobre isso e usa um exemplo emblemático de corrida de F1 verdadeira e dura de uma época passada entre dois grandes nomes do esporte, René Arnoux e Gilles Villeneuve no Circuito Dijon Prenois, durante o Grande Prêmio da França de 1979.

"A F1 é feita de duelos saudáveis. O que teriam feito no duelo entre Villeneuve e Arnoux? Teriam colocado os dois na cadeia?", disse o ex-presidente da Ferrari, que acha que a F1 está exagerando no comportamento regulatório e acredita que a categoria deve ter cuidado para não perder a emoção ligada ao esporte.

"Acho que estamos exagerando, tanto em termos de contato físico quanto em ir além das linhas da pista. Então, a Fórmula 1 está se tornando um relógio de precisão: temos que deixar espaço para a emoção, a coragem e a habilidade dos pilotos, que não devem olhar para os milímetros. Esse é um dos pontos sobre os quais você deve refletir para mudar um pouco as coisas", concluiu Montezemolo.