Quem irá pilotar pela Stake F1 Team?
Valtteri Bottas e Guanyu Zhou irão preencher os lugares da equipe italiana em 2024. Embora ambos não tenham surpreendido nas duas últimas temporadas, a equipe optou por continuar com o finlandês por causa de sua vasta experiência na categoria, e com o chinês por causa do importante patrocínio que ele traz com ele de seu país. Além disso, Zhou já mostrou ter potencial, parece que o que lhe falta é realmente um carro capaz de competir mais à frente no grid.
História da Sauber
Depois de anos de atividade em Le Mans (e de ter alcançado muito sucesso lá), Peter Sauber se aventurou na Fórmula 1 em 1993. A equipe não utilizou, oficialmente, motores da Mercedes como em Le Mans, mas sim da Ilmor, apesar de seguir tendo apoio da montadora alemã. Um ano depois, a Sauber apareceu no início da temporada com motores com o nome da Mercedes, oficialmente como equipe de fábrica.
Apesar disso, a parceria durou apenas um ano, por decisão da Mercedes. A Sauber mudou para os motores da Ford em 1995 e também contou com a chegada de outro nome que hoje já é familiar no grid: a Red Bull. A marca de bebidas energéticas comprou parte das ações da Sauber e, inicialmente, a equipe suíça obteve melhores resultados. Mas no ano seguinte, voltou a perder performance. Então, a equipe decidiu trocar de fornecedor de motores, deixando a Ford e acertando com a Ferrari para tentar recuperar a boa forma.
Uma abordagem semelhante à que a Haas tem hoje em dia foi vista na Sauber até 2005. A equipe comprava quase todas as peças da Ferrari, o que não foi visto como um problema para a FIA. Desde que a equipe construísse o próprio chassi, a Federação Internacional de Automobilismo não via qualquer problema na abordagem, por mais controversa que pudesse ser.
Sangue novo
Em 2001, um jovem e pouco conhecido Kimi Räikkönen apareceu na Sauber e ocupou um lugar na equipe. A contratação do finlandês foi motivo de reclamação de alguns pilotos e até de dirigentes da FIA, que temiam que a sua inexperiência fosse um risco nas corridas. A situação foi tão grave que a Red Bull vendeu as suas ações na equipe para a empresa Credit Suisse como forma de protesto, já que a marca de energéticos queria que o brasileiro Enrique Bernoldi fosse contratado. Mas Peter Sauber bancou a sua decisão e Räikkönen chocou muitos terminando em décimo lugar na sua temporada de novato.
No final de 2005, a BMW comprou as ações da Credit Suisse e assumiu uma participação majoritária na equipe, que passou a se chamar BMW Sauber em 2006, correndo com motores da montadora alemã. A parceria durou apenas alguns anos. Em 2009, a fabricante decidiu vender a equipe alegando que o projeto não era sustentável a longo prazo. Peter Sauber recomprou a equipe, que voltaria a ser independente e correria com motores da Ferrari. Curiosamente, mesmo usando os propulsores italianos, o time precisou correr com o nome da BMW em 2010 porque a solicitação para a mudança não foi feita antes do limite de inscrição. No ano seguinte, a equipe passou a se chamar oficialmente Sauber F1 Team.
A equipe passou alguns anos sofrendo com problemas financeiros, que afetaram os desempenhos nas pistas. Em julho de 2016, a Sauber foi comprada pela firma de investimentos Longbow Finance, que iniciou um longo processo de reestruturação da equipe.
Alfa Romeo Racing e Stake F1 Team
Em junho de 2017, Frederic Vasseur chegou ao comando da Sauber e iniciou uma grande limpeza, que duraria o resto da temporada. Apesar da equipe anunciar que trocaria os motores da Ferrari pelos da Honda em 2018, Vasseur decidiu cancelar o acordo com a montadora japonesa e fazer um novo acordo com os italianos. Em novembro, a equipe assinou um contrato de parceria técnica e comercial com a Alfa Romeo e passou a correr com o nome da lendária fabricante a partir do ano seguinte.
Como a Alfa Romeo é do mesmo grupo da Ferrari, Charles Leclerc, campeão da temporada 2017 da Fórmula 2 e membro do programa de jovens pilotos da montadora italiana, foi contratado para fazer dupla com Marcus Ericsson. A equipe apresentou grande evolução em relação ao ano anterior, pulando de apenas cinco pontos para 48. Muito desse desempenho foi graças a Leclerc, que acabou sendo escolhido pela Ferrari para substituir Kimi Räikkönen no ano seguinte, com o finlandês assumindo sua vaga na Alfa Romeo.
Com Ericsson também de saída, o escolhido para correr ao lado do "Homem do Gelo" foi Antonio Giovinazzi, piloto da academia da Ferrari. A Alfa Romeo voltou a alcançar o oitavo lugar na classificação final e conquistou muitos pontos, especialmente antes das férias do meio da temporada. Apesar da boa fase, a equipe ainda passava por alguns problemas financeiros que foram agravados pela pandemia de COVID-19 e a Alfa Romeo teve duas temporadas abaixo do esperado em 2020 e 2021. Com a mudança de regulamento, a equipe esperava se recuperar em 2022, o que não aconteceu.
Após as duas últimas temporadas, que foram abaixo das expectativas da equipe, a Alfa Romeo deixou de ser a patrocinadora principal, abrindo espaço para outra empresa tomar o nome da equipe: a Stake. Sendo assim, a partir de 2024 a Sauber será conhecida como Stake F1 Team. Esse nome, porém, já tem data de validade. Com a Audi adquirindo parte da Sauber com o objetivo de estar no grid da principal categoria do automobilismo em 2026, a equipe se tornará uma equipe de fábrica a partir deste ano e carregará o nome da marca alemã de automóveis.
Qual motor a Stake F1 Team usará?
Como equipe cliente da Ferrari, a Stake F1 Team corre com a unidade de potência da equipe italiana.