A Ferrari já é capaz de vencer em Le Mans?

É quase impossível imaginar. Já se passou nada menos que meio século desde que a Ferrari apareceu nas 24 Horas de Le Mans com a sua própria equipe, e em 2023 serão dois carros logo de cara. O primeiro - obviamente - monstro vermelho será pilotado pelo trio Antonio Fuoco, Miguel Molina e Nicklas Nielsen, enquanto o outro carro tem Alessandro Pier Guidi, James Calado e Antonio Giovinazzi como pilotos. Este último pilotou por três temporadas na Fórmula 1 pela equipe da Alfa Romeo.

A Ferrari já mostrou ser rápida

Na categoria principal do automobilismo, Giovinazzi nunca conseguiu dar os últimos passos (para o topo e para a equipe Ferrari), e na Fórmula E, no ano passado, o italiano não conseguiu deixar sua marca. No entanto, o projeto da Ferrari no WEC parece ser o ideal para ele. Nas 6 Horas de Spa, o piloto de 29 anos parecia ter colocado sua Ferrari na pole, até que se descobriu que ele havia excedido os limites da pista. De qualquer forma, essa volta rápida foi mais um indício de que a Ferrari já está se aproximando da líder Toyota em sua primeira temporada.

Para a corrida de resistência em Monza, a próxima corrida do WEC depois de Le Mans, os ingressos estão esgotando rapidamente. Aparentemente, não importa se é um carro de F1 ou um hipercarro, os fãs italianos adoram todos os carros da Scuderia, o que naturalmente gera grandes expectativas. "É claro que as expectativas são muito altas, em parte porque quando você corre pela Ferrari", disse Giovinazzi ao GPblog por meio de sua equipe. "O objetivo final é sempre lutar pela vitória."

Sem dúvida teremos muita disputa, mas será o suficiente para vencer a Toyota, mesmo com o equilíbrio de desempenho mais rigoroso? "Não será fácil vencer porque sabemos o valor de nossos adversários, a começar pela Toyota, que tem muita experiência na categoria. Não basta ser rápido e ter um carro confiável para conseguir um excelente resultado. Também teremos que minimizar os erros, considerando que será uma corrida longa e a primeira corrida de 24 horas da nossa equipe", disse Giovinazzi.

Giovinazzi não é um novato

A experiência não será totalmente nova para o ex-piloto de F1. Giovinazzi já correu em Le Mans uma vez, em um 488 GTE na classe LMGTE Pro. Isso foi em 2018. "Tenho boas lembranças dessa corrida, que foi muito emocionante para mim. Com o 499P, este ano será ainda mais emocionante, especialmente à noite, quando um piloto tem poucos pontos de referência, e a escuridão significa que você precisa ser extremamente cuidadoso, especialmente ao ultrapassar. Le Mans não é apenas velocidade pura, como as pessoas às vezes pensam, considerando as longas retas. É também uma pista bonita e variada para pilotar, com uma frenagem significativa no último setor".