Alonso e Krack falam sobre queda de rendimento da Aston Martin
- Vicente Soella
Fernando Alonso passou a maior parte do Grande Prêmio da Hungria sozinho. Além de uma parada nos boxes complicada, o experiente piloto também pode dizer que não aconteceu nada de novo com ele. O espanhol foi mais rápido que seu companheiro de equipe, Lance Stroll, mas não teve ritmo suficiente para alcançar as duas Ferraris à frente e terminou em 9º.
"Tive uma corrida um pouco solitária. Não tínhamos muito ritmo para atacar os carros da frente. Também não tínhamos grandes rivais vindo de trás, e tentei ir o mais forte que pude, mas faltaram aqueles três ou quatro décimos de segundo para colocar George (Russell) e Carlos (Sainz) [que estavam] na frente em apuros", disse Alonso ao DAZN sobre sua corrida sem grandes incidentes no Hungaroring.
O bicampeão mundial permaneceu crítico em relação às suas chances em Spa, depois de já ter criticado o formato de classificação deste fim de semana e os novos pneus antes da corrida. "Sim, será complicado (em Spa). Agora, acho que precisamos de mais treinos livres para tentar algo no carro, que temos dúvidas em algumas partes, se funcionaM ou não, e a sprint não vai nos dar isso, porque vamos diretamente para a classificação na sexta-feira. Mas, bem, é o mesmo para todos. Portanto, temos de estar prontos para tudo", disse o espanhol.
Ficando para trás
Alonso já conquistou 6 pódios nesta temporada, mas a Aston Martin não chega perto de repetir tal feito desde o GP do Canadá. "Com certeza nós (Aston Martin) caímos de desempenho, não há dúvida de que estamos sofrendo nessas últimas corridas. Estamos trabalhando duro, é hora de resolver a situação, de nos concentrarmos, de tentar entender tudo o que está acontecendo no carro".
"Acho que a primeira parte do campeonato foi excelente, apesar de as últimas corridas terem sido regulares. Agora temos a segunda metade do campeonato e vamos tentar corrigir isso de alguma forma", continuou.
Choque de realidade
Mike Krack, chefe de equipe da Aston Martin, também conversou com o DAZN e disse que estava desapontado após este fim de semana. "Um choque de realidade. Vimos que tivemos algumas corridas em que pensamos que o problema era específico da pista e que poderíamos ser rápidos aqui, mas não fomos. Isso mostra que não estamos onde estávamos. Outras equipes nos ultrapassaram, temos que ser honestos com nós mesmos. Tínhamos 70 segundos depois de 70 voltas, esse é o terreno que temos que recuperar e não há como esconder, temos que melhorar o carro", disse ele.
"Acho que outras pessoas evoluíram mais rápido do que nós. Eu disse no início da temporada que estávamos competindo com equipes muito fortes na corrida de desenvolvimento e que não éramos rápidos o bastante. (...) Não estamos olhando para 2024. Temos que elevar nosso nível com esse carro", concluiu Krack.