Bearman: O novo Verstappen ou o próximo Mazepin?

Se Bearman fosse julgado apenas por suas campanhas nas categorias de acesso à Fórmula 1, parece improvável que ele entrasse no grid em 2025. Em seu ano de estreia na Fórmula 2, o britânico obteve uma vitória (a corrida sprint na Bélgica), antes de terminar em terceiro lugar no campeonato. Um ano depois, Bearman terminou em sexto lugar na Fórmula 2. Este ano, por enquanto, ele está em um medíocre 15º lugar.

Antonelli está se saindo melhor que Bearman

O fato de o carro de F2 da Prema ser difícil de manejar é, em parte, uma justificativa. Mas Andrea Kimi Antonelli está em sétimo lugar no campeonato com esse mesmo carro (com duas vitórias contra uma de Bearman). Além disso, os carros da F2 são basicamente todos iguais. No final das contas, o que importa é ajustar o equipamento equivalente. Portanto, mesmo que o trabalho da Prema não seja perfeito, Bearman não consegue tirar um pouco mais de seu carro.

O britânico certamente pode acelerar. Ele já provou isso no passado. Mas será que ele tem potencial para ser um piloto de alto desempenho? Seu problema é que ele nunca foi consistente, mesmo em 2023, quando venceu quatro corridas. Com muita frequência, alternava um resultado positivo com um lapso. É justamente essa inconsistência que Bearman não pode repetir na Fórmula 1, especialmente com uma equipe como a Haas. Em momentos em que há poucas oportunidades de conquistar pontos preciosos, isso precisa ser feito.

Visto dessa forma, a equipe americana está assumindo um risco ao recrutar um jovem inexperiente como Bearman. A menor e financeiramente menos decisiva equipe do grid, sem dúvida, leva em conta que a curva de aprendizado de Bearman envolverá alguns deslizes e consequentes danos. Isso tem um custo: o dinheiro que a Haas não pode mais usar para desenvolver o carro.

Pai de Bearman leva milhões para a Haas

Apenas uma corrida com a Ferrari, depois uma temporada medíocre e a possibilidade real de causar danos. Então, por que a Haas se comprometeu com Bearman? Segundo consta, a Haas sucumbiu à enorme quantia de dinheiro que David Bearman está transferindo para a equipe. O pai de Bearman é o fundador e CEO do Aventum Group, uma empresa de seguros que, segundo consta, tem US$ 1,5 bilhão em caixa. Com seus muitos milhões, Bearman vem patrocinando a carreira de seu filho há muitos anos e, na próxima temporada, diz-se que de dez a 15 milhões serão transferidos para a Haas.

Cabe a Bearman provar que, com tanto apoio financeiro, ele merece seu lugar na Fórmula 1. Em breve saberemos: Bearman é um supertalento como Max Verstappen, é um potencial piloto de ponta como Lando Norris, um piloto de nível médio como seu futuro companheiro de equipe Esteban Ocon ou um piloto pagante como Nikita Mazepin foi no passado?