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O piloto de Fórmula 1 Max Verstappen é comparado à lenda Ayrton Senna

Verstappen segue os passos de Senna após mais um confronto com a FIA

23 de setembro no 13:46
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Max Verstappen foi o assunto mais comentado na Fórmula 1 pela enésima vez em sua carreira. O piloto da Red Bull Racing recebeu serviço comunitário da FIA por xingar na coletiva de imprensa antes do Grande Prêmio de Cingapura. Esse é mais um exemplo de que Verstappen tem muitas características da lenda da F1 Ayrton Senna, não apenas na pista, mas também fora dela.

Muitos especialistas em Fórmula 1 podem concordar que Verstappen lembra a lenda brasileira Senna na pista. Ambos os pilotos possuíam a capacidade de ultrapassar freando tarde, de economizar pneus e, ao mesmo tempo, dirigir tão rápido quanto o resto do pelotão, de compensar em excesso quando a pressão é grande e de dominar na chuva. Mas há outros fatores em que Verstappen e Senna têm pontos em comum.

Verstappen e Senna não receberão lições da FIA

Não apenas a velocidade na pista, mas também o caráter determina a grandeza de Verstappen e Senna. Tome como exemplo o Grande Prêmio do Japão de 1990. Senna estava na pole position para a McLaren e poderia ganhar seu segundo título mundial naquela corrida. Curiosamente, a FIA - liderada pelo presidente francês Jean-Marie Balestre - decidiu deixar Senna largar no lado sujo da pista. Isso favoreceu o compatriota de Balestre, Alain Prost, que largou na P2. Depois que Prost ultrapassou Senna na largada, o brasileiro tomou uma decisão que não lhe rendeu o prêmio de popularidade, mas lhe rendeu seu segundo título mundial: Senna imediatamente ultrapassou Prost e entregou sua declaração a Balestre.

Antes do Grande Prêmio de Cingapura, no último fim de semana, Mohammed Ben Sulayem indicou que deseja combater os palavrões dos pilotos pelo rádio da equipe. Na coletiva de imprensa antes da corrida no Marina Bay Street Circuit, Verstappen rebateu, apoiado por Yuki Tsunoda, e usou a palavra "f*****". A FIA interveio imediatamente e, antes mesmo da classificação, foi anunciado que Verstappen receberia uma penalidade de serviço comunitário. O holandês já havia recebido uma penalidade de serviço comunitário em 2018, depois de ter empurrado Esteban Ocon algumas vezes após o Grande Prêmio do Brasil. Verstappen e Ocon (que estava uma volta atrás na ocasião) colidiram e, depois disso, Verstappen perdeu a liderança da corrida, e, portanto, uma vitória certa.

Verstappen, assim como Senna em 1990, fez uma declaração à FIA. Durante a coletiva de imprensa após a classificação e a corrida, o tricampeão mundial decidiu responder às perguntas da imprensa de forma direta ou não responder. Verstappen acrescentou que, fora da coletiva de imprensa, os jornalistas poderiam contar com respostas extensas no paddock.

Enquanto isso, Verstappen recebeu o apoio de outros pilotos da Fórmula 1 dentro do paddock. Lewis Hamilton, um dos maiores rivais na carreira de Verstappen, já indicou que Verstappen não deveria cumprir a penalidade de serviço comunitário. E, além disso, Alexander Wurzm, presidente do sindicato dos pilotos, a GPDA, indicou que os pilotos poderiam conversar com a FIA. Mas uma coisa é certa: assim como Senna, Verstappen está sacudindo todo o campo da F1.