Por que uma despedida de Perez faz sentido nas cadeiras musicais com Lawson e Colapinto
- Ludo van Denderen
O Grande Prêmio do Brasil pode ser o último Grande Prêmio de Sergio Perez pela Red Bull Racing (talvez em toda a sua carreira na F1 ). O GPblog informou na terça-feira que é uma forte opção para a equipe austríaca deixar de lado o mexicano de baixo desempenho após a corrida no circuito de Interlagos. Essa seria uma decisão lógica, faltando apenas três finais de semana para o GP de 2024.
A posição de Pérez como companheiro de equipe de Max Verstappen tem estado sob pressão há meses. Segundo informações, o fracasso no México, onde Pérez terminou em último lugar, foi o momento em que a Red Bull Racing se cansou. No Brasil, o veterano ainda correrá, em parte porque é impraticável permitir que um substituto se prepare da melhor maneira possível, mas, depois de domingo, o fim pode estar próximo para Pérez como piloto da Red Bull.
Faltando apenas três corridas para o fim da temporada no Brasil, você pode pensar: por que agora? De qualquer forma, o título mundial de construtores já está perdido, e o P2 também não parece possível. Se o objetivo fosse uma colocação mais alta na corrida pelo título, a Red Bull deveria ter substituído Pérez antes. Pérez poderia muito bem sair pela porta de saída.
A Red Bull está olhando para o longo prazo
Ao optar por uma troca de piloto agora, a Red Bull descobrirá informações sobre seus possíveis substitutos. Primeiro, há Liam Lawson, que impressionou nas duas primeiras semanas desde que voltou ao Visa Cash App RB. Ele é um piloto rápido que se atreve a duelar com seus rivais, mesmo que seja Sergio Pérez. No México, Pérez ficou irritado com o fato de Lawson ter arruinado sua corrida, de acordo com Pérez, com técnicas defensivas inadequadas. Mas isso é exatamente o que a Red Bull Racing procura em um piloto: alguém que não pare diante de nada e, às vezes, ultrapasse um pouco a linha.
Ao dar a Lawson três corridas para pilotar pela Red Bull, a equipe pode avaliar melhor como o neozelandês se sai sob a pressão de uma equipe de ponta ao lado de Verstappen. Se o jovem passar no exame, ele será o principal candidato a continuar competindo pela equipe principal em 2025. Se Lawson mostrar que ainda não está pronto, ele poderá continuar a crescer na VCARB.
Colapinto à espreita em segundo plano
O mesmo vale para Yuki Tsunoda, mas o piloto japonês não parece ser um candidato sério para a Red Bull Racing. Se Lawson (ou Tsunoda) fosse para a Red Bull Racing, uma vaga na VCARB ficaria obviamente vaga. Isso daria a Isack Hadjar uma oportunidade privilegiada de mostrar que é digno da F1 e que também merece um lugar em uma das equipes da Red Bull em 2025.
E há alguém à espreita em segundo plano. É segredo para todos que a Red Bull está impressionada com o piloto da Williams, Franco Colapinto, que não tem lugar na Fórmula 1 em 2025. Há rumores de que Helmut Marko, principalmente, está interessado em atrair Colapinto. Ao deixar Pérez ir embora depois do Brasil e dar a Lawson e Hadjar a chance, pode-se ver se é realmente necessário adquirir o argentino da Williams por um preço alto. Não se deve esquecer que Hadjar estava bem à frente de Colapinto no campeonato de F2.
De qualquer forma, não há praticamente nenhum cenário em que manter Pérez nas três últimas corridas da temporada seja a melhor e mais lógica opção. A Red Bull provavelmente também sabe disso.