O nome Schumacher, uma bênção e uma maldição
Como filho do mais bem sucedido piloto de Fórmula 1 de todos os tempos, nunca será fácil para Mick Schumacher sair da sombra do seu famoso pai. As suas conquistas sempre serão comparadas com as de seu pai, e ele teve que aprender a lidar com as constantes alegações de que o seu sucesso se deve somente ao fato de carregar o sobrenome de seu pai.
A esse respeito, ter um pai famoso é uma desvantagem, mas certamente vale a pena, principalmente se levarmos em consideração o lado financeiro. Há muitos anos, o alemão vem aparecendo diante das câmeras com uma logomarca muito bem conhecida estampada em seu boné. A logomarca da empresa Deutsche Vermögensberatung, que também foi a patrocinadora pessoal de Michael por muitos anos.
Seu sobrenome lhe ajudou muito a seguir financeiramente na direção certa, e a cooperação com a Ferrari não é uma coincidência. Isto deu ao Mick a chance de provar a si mesmo ainda nas classe dos juniores, mas para chegar até a Fórmula 1 ele teve que provar a si mesmo na pista, e por causa de seu sobrenome ele foi julgado com um rigor extra.
Alguns problemas de início de carreira se demonstraram comuns para Schumacher
Os resultados não foram nada surpreendentes no início. Ele competiu bem no kart e conquistou muitos lugares de honra em grandes campeonatos, porém os títulos ainda pareciam distantes. A nível nacional, europeu e mundial, ele nunca alcançou os prêmios mais importantes.
Mick já tinha provado que ele era rápido, no entanto, foi apenas em 2015 que ele fez a troca. Ele fez a sua estreia na ADAC Fórmula 4 na equipe Dutch Van Amersfoort Racing. Em sua primeira corrida em Oschersleben, ele logo saiu como vencedor, porém o restante da temporada foi decepcionante. Ele até terminou atrás de Lando Norris na classificação geral, porém o piloto britânico só havia participado de três das oito corridas do campeonato.
Foi somente em sua segunda temporada na F4 que a bola começou a rolar, um começo lento que o afetaria mais nos anos seguintes. Ele se mudou para a equipe Prema Powerteam e correu tanto no campeonato alemão quanto no italiano. Em ambos os campeonatos ele ganhou cinco corridas e terminou em segundo lugar na classificação geral. Ele perdeu para Joey Mawson e Marcos Siebert.
O primeiro título crucial da Fórmula 3
Aqui você pode dizer que seu sobrenome realmente o ajudou, pois embora nunca tenhamos ouvido falar de Mawson e Siebert novamente, Schumacher conseguiu uma vaga na equipe Prema para a disputa do campeonato de Fórmula 3. Aqui também, ele teve um começo difícil. Enquanto Lando Norris se tornou campeão, Schumacher não chegou ao pódio uma única vez e terminou a temporada em décimo segundo lugar.
A equipe Prema lhe deu o tempo necessário para que ele pudesse amadurecer, e um ano depois ele recompensou a equipe pela sua paciência. Após mais um início difícil, uma sequência de vitórias na segunda parte da temporada de 2017 permitiu com que ele alcançasse seu primeiro título no automobilismo com uma ampla vantagem. Um título que provavelmente salvou a sua carreira.
Na Fórmula 2, este processo se repetiu. Uma primeira temporada ruim foi logo seguida pela conquista do título em 2020. O título veio com apenas duas vitórias, mas ele havia provado novamente ser um piloto sólido uma vez que se sente em casa quando está dentro de um carro. A conquista do campeonato deu à ele uma vaga na Fórmula 1 na equipe Haas.
Schumacher faz sua estréia na Fórmula 1
Lá, um grande desafio o aguardava desde o primeiro Grande Prêmio. A Haas havia sofrido tentando produzir um carro competitivo nas duas temporadas anteriores e decidiu não desenvolver o carro de 2021 antes do início da nova temporada.
O foco da Haas era, portanto, o novo regulamento que começaria a valer em 2022. Isto não foi nada bom para os dois novatos da equipe. Eles passaram grande parte da temporada na parte de trás do grid, mas como era de se esperar, Schumacher se destacou mais do que o seu colega de equipe Mazepin.
Mick Schumacher em 2022
O jovem alemão ainda não marcou nenhum ponto, mas dado o equipamento à sua disposição, ele não pode ser responsabilizado por isso. A Haas é uma das poucas equipes que voltaram a sua atenção inteiramente para a próxima temporada da Fórmula 1. O resultado foi uma temporada difícil em 2021, mas que poderia criar uma boa base para Schumacher conseguir seus primeiros pontos em 2022.