Ascenção meteórica
O sucesso de Lance no kart o colocou rapidamente no mapa das grandes equipes da Fórmula 1. A Ferrari o contratou para seu programa júnior em 2010, ainda no kart. Em 2014, Stroll fez sua primeira temporada em carros de fórmula e conquistou o título da Fórmula 4 italiana. No ano seguinte, o canadense competiu em dois campeonatos: Toyota Racing Series, onde foi campeão, e Fórmula 3 europeia, terminando em quinto lugar.
Apesar do resultado abaixo do esperado na Fórmula 3, Lance Stroll permaneceu leal à equipe Prema Powerteam. Em 2016, Lance Stroll teve uma segunda oportunidade e conquistou o título da Fórmula 3 europeia, vencendo 14 das 30 corridas da temporada. Uma proeza que o catapultou diretamente para a Fórmula 1.
Mas isso teve um preço: o piloto desistiu de ser piloto de desenvolvimento da Ferrari para se mudar para a Williams. Todos os laços com a equipe Maranello foram cortados, mas isso o permitiu fazer a sua estreia na F1.
Período na Williams
Após a temporada de 2016 na Fórmula 3, chegou o momento: Paddy Lowe, diretor técnico da Williams, anunciou o jovem Stroll como piloto da equipe. Inicialmente, ele faria dupla com Valtteri Bottas, mas o finlandês se transferiu para a Mercedes após a inesperada aposentadoria de Nico Rosberg, que acabara de se tornar campeão. Então, Felipe Massa, que tinha anunciado sua aposentadoria, permaneceu mais um ano para fazer dupla com o canadense. Foi uma temporada difícil, mas o ponto alto absoluto foi em Baku, onde Stroll terminou em terceiro lugar.
Em 2018, o carro da Williams performou muito mal e o Stroll lutou para marcar pontos. O veterano Felipe Massa se aposentou e o recém-chegado Sergey Sirotkin tinha pouco a oferecer para ajudar Stroll. A equipe de Frank Williams terminou em último lugar com sete pontos, sendo Lance Stroll responsável por seis deles.
Lawrence Stroll compra a Force India
Em 2019, Lance conseguiu a mudança desejada para uma equipe competitiva, a Racing Point, depois que seu pai Lawrence Stroll comprou o time. Mas mesmo assim, o canadense pouco fez para evitar fugir do rótulo de “piloto pagante”. O filho do patrão ficou muito abaixo do experiente Sergio Pérez e conseguiu terminar atrás até da Williams em algumas corridas.
Na temporada 2020, ele ficou atrás de Pérez de novo, mas começou a obter alguns resultados positivos. Os grandes destaques foram dois pódios, na Itália e no Sakhir, e uma pole position na Turquia, em um treino classificatório disputado sob muita chuva.
Stroll e Vettel na Aston Martin
A Racing Point passou a se chamar Aston Martin em 2021 e Stroll ganhou um novo companheiro de equipe: o tetracampeão mundial Sebastian Vettel. A pressão para estar à altura do famoso nome da equipe e acompanhar Vettel foi grande, mas Stroll provou estar pronto para o desafio. Embora o experiente alemão tenha terminado o campeonato na frente, ele se mostrou capaz de acompanhar o ritmo.
Dificuldade para acompanhar os campeões
Apesar da primeira impressão positiva, a segunda temporada ao lado de Sebastian Vettel foi mais complicada para Stroll, que marcou menos da metade dos pontos do tetracampeão mundial.
Com a aposentadoria de Vettel ao final de 2022, Stroll recebeu outro campeão mundial para ser companheiro: Fernando Alonso. Se, em um primeiro momento, Stroll demonstrou ser capaz de ficar próximo de Vettel, o mesmo não pode ser dito sobre Alonso. A Aston Martin começou a temporada 2023 de forma muito competitiva, com o segundo carro mais rápido do pelotão e com Alonso acumulando pódios nas primeiras etapas do campeonato. Que se pese o fato de Stroll ter lesionado uma das mãos em um acidente de ciclismo durante as férias e ter perdido toda a pré-temporada, em nenhum momento do ano o canadense esboçou chegar perto do desempenho de Alonso, sofrendo uma derrota acachapante no duelo interno.
Lance Stroll em 2024
É inegável que ser filho do chefe da equipe coloca Stroll em uma condição diferenciada entre os pilotos. As informações sobre seu contrato são totalmente desconhecidas, tanto em termos de valores quanto de duração. Porém, com a estrutura montada pela Aston Martin nos últimos anos, os recursos a disposição e o futuro status de equipe de fábrica da Honda, a equipe britânica atrai o desejo de muitos pilotos no grid. Então Stroll precisa demonstrar ser capaz de entregar na pista resultados condizentes com as ambições da Aston Martin. Resta saber até onde vai a insistência de Lawrence Stroll em bancar a vaga de seu filho na equipe.