Análise: Verstappen mais rápido onde importa na França

O treino de sexta-feira na França deu muitas informações sobre como a corrida vai se desenvolver neste fim de semana. Uma coisa que todas as equipes devem observar são as altas temperaturas. A Europa experimentou uma forte onda de calor e que permanece sobre a França neste fim de semana. A temperatura ambiente estava acima dos 30°.

A temperatura da pista era de quase 60°, o que é extremamente quente. Durante a primeira sessão de treinos, Leclerc correu muito lentamente em uma volta de saída dos boxes. Indo para uma volta rápida, Leclerc não precisou aquecer os pneus. Isso não foi um problema. No treino classificatório, nós podemos ver muitos carros andando lentamente na parte final do Q1 enquanto eles tentam tirar o mínimo de vida possível do pneu. O tráfego pode ser um problema.

Mercedes decepcionante?

A Mercedes indicou no início da semana que poderia estar na luta pela vitória na corrida ou pela pole position. Durante as entrevistas de quinta-feira, George Russell sugeriu que se eles fizessem tudo correto, então estar dentro de 0.2 segundo seria possível. Mas o treino de sexta-feira não forneceu nenhuma evidência para sustentar a ideia de que a equipe evoluiu. Eles estavam quase um segundo inteiro do tempo mais rápido.

Nyck De Vries fez um bom trabalho substituindo Lewis Hamilton na primeira sessão de treinos livres. Cada equipe tem que oferecer um lugar para um jovem piloto a cada ano. Hamilton relatou que ele optou por este fim de semana, o que poderia ser um sinal de que o heptacampeão mundial tinha um pouco mais de confiança em encontrar a configuração certa com um carro descrito como uma "diva".

Tempos por setor

O circuito Paul Ricard tem uma clara distinção entre os três setores. O primeiro setor apresenta alta velocidade tanto em linha reta quanto em curva. O segundo setor é basicamente uma longa reta com a chicane das curvas 8 e 9. O setor final é muito sinuoso e apresenta curvas de velocidade média e lenta.

No início da temporada, a Red Bull dominou totalmente o desempenho em linha reta, enquanto a Ferrari estava obtendo a maior parte de seus ganhos através das curvas de velocidade média e lenta. As telemetrias mostraram que Sainz e Leclerc conseguiram desacelarar antes, mostrando assim que a Ferrari tinha melhor tração nas saídas das curvas em comparação com a Red Bull. Desde então, uma infinidade de atualizações foi aplicada aos carros e as coisas podem ter mudado ligeiramente. Le Castellet, normalmente um circuito usado para testes, deve fornecer algumas boas indicações sobre a posição das equipes na metade da temporada.

Outra coisa mudou. A Mercedes resolveu a maioria de seus problemas de porpoising e parece estar começando a extrair o potencial do W13. Dados sugerem que a Mercedes também foi forte nas curvas de média e baixa velocidade, mas agora devemos começar a ter uma indicação real de seus pontos fortes.

Durante o segundo treino livre, as mesmas tendências se mostraram. Como têm sido toda a temporada, Red Bull é mais forte nas retas com Verstappen, registrando o tempo mais rápido no setor dois. No entanto, a vantagem para Sainz foi bem pequena, o que poderia indicar duas coisas. Poderia ser, como Christian Horner sugeriu, que a Ferrari está usando uma configuração mais potende em seus motores. Ou as atualizações que a Ferrari aplicou os ajudou a obter ganhos em comparação com a pista de Jeddah, no início do ano.

A Ferrari teve vantagem no terceiro setor, como esperado. Eles também parecem ser capazes de cuidar melhor de seus pneus, o que é muito útil no circuito Paul Ricard, já que a pista é muito quente e abrasiva.

Ritmo de corrida

Mais um traço que vimos na temporada de 2022: a Ferrari fica com as pole positions e a Red Bull é melhor quando se trata de ritmo de corrida. As estatísticas dizem tudo. A Red Bull tem sete vitórias, em comparação com as quatro da Ferrari. Os mesmos números são invertidos para a qualificação. E isso parece que pode ser o caso novamente neste fim de semana. Embora as maiores pernas tenham sido, na verdade, bastante curtas, Verstappen e Pérez tiveram ambos um bom desempenho.

Na verdade, Russell também superou os dois carros da Ferrari quando as cargas de combustível estavam altas, com pneu médio. Embora valha a pena notar que Leclerc ficou atrás de Ocon por um período significativo durante a sua maior perna, o que o poderia tê-lo deixado um pouco mais lento. É interessante que ambos os carros da Ferrari registraram o mesmo tempo, quase como se fosse um alvo.