Diretor da FIA diz que não é possível acabar com o DRS nos próximos anos
- Vicente Soella
Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA, disse ao Corriere della Sera que ele acredita que a vantagem da Red Bull em relação às demais equipes diminuirá em breve. O grego também comentou sobre os regulamentos técnicos atuais e os futuros.
No ano passado, a Fórmula 1 introduziu um novo tipo de carro: carros com efeito solo. As novas regulamentações técnicas deveriam promover ultrapassagens e minimizar as diferenças de potência entre as equipes. A supremacia da Red Bull levanta o questionamento se isso realmente foi bem-sucedido. Tombazis acha que sim: "Atrás da Red Bull, tudo está muito próximo. Será uma questão de tempo até atingirmos nossos objetivos". Ele espera que as equipes diminuam a distância para a Red Bull em breve, talvez dentro de alguns meses a um ano. "Todos estão agora trabalhando em sua direção técnica, até mesmo a Ferrari e a Mercedes", afirma o diretor.
Abolir o DRS?
Tombazis espera que isso melhore as batalhas do campeonato. "Esperamos ver novamente campeonatos mundiais muito disputados, como em 2021. Mas você não pode criar artificialmente algo assim". Recentemente, tem havido cada vez mais pedidos para abolir o DRS para incentivar as ultrapassagens, já que cada vez mais os pilotos ficam presos em um trem de DRS, incapazes de ultrapassar o carro à sua frente. Ironicamente, o dispositivo foi criado exatamente para gerar mais ação na pista e, por isso, a abolição do mesmo não parece ser uma opção por enquanto, acredita Tombazis. "Em um mundo ideal, nós o aboliríamos. Mas isso não é possível no curto prazo. A ultrapassagem se tornaria muito difícil. Seria um grande risco para o esporte", diz o ex-funcionário da Ferrari.