Verstappen contra Ocon
Os seus pais venderam a casa da família e viajaram pelo mundo com o seu filho em uma van de acampamento. Seu pai é mecânico e viu rapidamente que o seu filho é especial. Ocon foi excepcional no kart, conquistando o título francês da modalidade antes de fazer a mudança para os carros de Fórmula em 2012. Na Fórmula Renault 2.0, Ocon terminou em terceiro lugar no seu segundo ano, conseguindo três vitórias. Em 2014, o francês conseguiu deslanchar de vez.
Ao lado de Max Verstappen, Esteban Ocon foi outro nome que se destacou na temporada 2014 da Fórmula 3 europeia. Os dois se tornaram grandes rivais e lutaram pelo campeonato durante muito tempo. Ocon foi o campeão, enquanto Verstappen acabou sendo ultrapassado também por Tom Blomqvist no final da temporada. Verstappen venceu mais corridas no ano, mas os nove triunfos do francês foram o suficiente para garantir o título.
Enquanto Verstappen pulou direto para a Fórmula 1, Ocon teve de se contentar com um ano na GP3. Ele ganhou o campeonato e, embora não tivesse patrocinadores, conseguiu o posto de piloto reserva da Renault para a temporada seguinte, além de uma vaga na Force India nos testes de fim de ano. Em 2016, Ocon não optou pela Fórmula 2, mas sim pelo DTM, além de realizar testes Mercedes e Renault. Pouco depois, a Mercedes anunciou que Ocon tinha sido incluído no seu programa de jovens pilotos.
Chegada à F1
Os muitos investimentos finalmente deram frutos e, em meados de 2016, o sonho de Esteban se tornou realidade. O patrocínio de Rio Haryanto acabou e, por isso, a Manor buscou um novo piloto. Com a Mercedes como fornecedora de motores, um acordo foi feito para que a Ocon se juntasse a outro prodígio da Mercedes na equipe: Pascal Wehrlein.
Wehrlein já estava no programa da Mercedes há bastante tempo. Mas isto acabou sendo vantajoso para o jovem francês quando um lugar se tornou disponível na Force India para 2017. Wehrlein parecia ser a melhor opção em termos de velocidade e experiência, mas a Force India optou por Ocon. Ele impressionou mais rapidamente que o alemão e acabou ganhando uma vaga ao lado de Sergio Perez para a temporada 2017.
Como companheiro de Pérez, Ocon não teve facilidade. O mexicano tirou cada truque da sua cartola e foi o melhor piloto em 2017. Em 2018, Ocon revidou indo bem nos treinos classificatórios, mas Pérez ainda ficou na sua frente com mais frequência nas corridas.
Na metade de 2018, uma nuvem negra se formou sobre a Force India e Esteban Ocon. Sofrendo com problemas financeiros, a equipe acabou sendo assumida por Lawrence Stroll.
Ao final do ano, Esteban Ocon perdeu sua vaga para Lance Stroll e acabou sem cockpit na F1 depois de Cyril Abiteboul optar por trazer Daniel Ricciardo para a Renault. Restou ao francês a posição de piloto reserva da Mercedes em 2019. Um ano mais tarde, Abiteboul se redimiu, quando voltou a ter um assento vago e contratou o francês para a temporada seguinte.
Em 2020, Esteban Ocon teve de se habituar à velocidade dos acontecimentos na Fórmula 1. Ele teve uma difícil tarefa ao competir com o companheiro de equipe Daniel Ricciardo. O francês perdeu o duelo interno, mas conseguiu impor o seu ritmo na parte final da temporada. O seu primeiro pódio na F1, no Grande Prêmio de Sakhir, foi o seu melhor desempenho no ano. Enquanto a temporada se desenrolava, Ricciardo decidiu sair para a McLaren, a Renault decidiu mudar o nome de sua equipe para Alpine e trouxe de volta Fernando Alonso.
Ocon e Alonso formam uma forte dupla
Em 2021, Ocon precisou competir contra um piloto de elite muito experiente e motivado. Fernando Alonso regressou à equipe com a qual ganhou dois campeonatos mundiais e Ocon se viu confrontado com a difícil tarefa de se manter ao lado do veterano. Apesar de Alonso até se ter mostrado competitivo, o francês certamente não ficou ofuscado.
O ponto alto da sua temporada veio no Grande Prêmio da Hungria, que Ocon venceu de forma surpreendente. Ele foi ajudado pelo seu companheiro de equipe, que conseguiu manter todos os possíveis adversários atrás de si durante muito tempo. A parceria com Alonso provou ser muito bem sucedida.
Na classificação final de 2021, Ocon teve de engolir o fato de ficar atrás de Alonso, mas os 7 pontos de diferença não foram motivos para se envergonhar. Na temporada de 2022, por outro lado, o francês conseguiu superar o bicampeão mundial no campeonato, somando 11 pontos a mais que o espanhol. Ocon ficou extremamente feliz com tal feito, e espera repetir o mesmo em 2023 contra seu “velho amigo” Pierre Gasly.
Dupla com Gasly
Ocon e Gasly já foram grandes amigos no passado, mas com a medida que ambos foram subindo de categoria, a relação só foi piorando. Os dois se reencontraram em 2023, agora como companheiros de equipe na Alpine, e Gasly levou a melhor em seu primeiro ano na equipe.
Esteban Ocon em 2024
Apesar de não ter havido nenhum episódio muito explosivo com Gasly em 2023, alguns momentos expuseram a tensão na relação entre os dois, algo que uma equipe sempre tenta evitar. Com ambos os pilotos entrando em seus últimos anos de contrato, 2024 será um ano primordial para Ocon, que fará de tudo para superar seu rival e manter seu lugar na Alpine.