O sucesso britânico depois de Lewis Hamilton
Assim como muitos outros jovens talentos, Russell iniciou a sua jovem carreira no kart. Os karts foram trocados em 2014 por um carro de Fórmula Renault 2.0 Alps, onde o britânico terminou em quarto lugar no campeonato. Nessa mesma temporada, também participou em duas corridas da Fórmula Renault Eurocup, vencendo a última prova.
Além da Fórmula Renault, Russel competiu na Fórmula 4 britânica em 2014, conquistando o título no seu primeiro ano. Este título deu ao britânico a oportunidade de testar um carro GP3 e colocá-lo no mapa para participar do Prêmio McLaren Autosport BRDC. Correndo contra outros pilotos britânicos, Russell conseguiu ser premiado e, assim, conseguiu um teste de Fórmula 1 com a McLaren. Foram os primeiros passos em direção à principal categoria do automobilismo.
Amadurecimento
Em vez de passar rapidamente pelas categorias de formação, como outros pilotos fizeram, Russell aproveitou o tempo para ganhar experiência. O britânico correu duas temporadas na Fórmula 3 europeia, seguidas de um ano na GP3 e de um ano na Fórmula 2.
Na Fórmula 3 europeia, Russell terminou em terceiro lugar em 2016. Com a ART Grand Prix, o britânico conquistou o título da GP3 logo em sua temporada de estreia, em 2017. Nesse mesmo ano, a Mercedes anunciou que tinha incluído Russell no seu programa de jovens pilotos. O britânico se tornou um dos três pilotos da academia Mercedes, ao lado de Esteban Ocon e Andrea Antonelli.
Ele amadureceu nas categorias de formação e isto provou ser útil na temporada de Fórmula 2. Apesar de um início difícil, o britânico conseguiu se recuperar para ganhar o título com a ART, superando o compatriota Lando Norris.
Em várias ocasiões nesta temporada (e na anterior), Russell participou de treinos livres e testes de pneus com equipes que corriam com os motores da Mercedes na Fórmula 1. Toto Wolff fez todo o possível para preparar Russell para a sua corrida de estreia na categoria.
A sua estreia na Fórmula 1 foi com a Williams, em 2019, onde George Russell encontrou o único lugar possível como campeão da Fórmula 2. A equipe estava ainda mais afundada do que em 2018, que já tinha sido dramática. Tudo o que Russell podia fazer era vencer o seu companheiro de equipe - e ele venceu. Com 21x0, o duelo nos treinos classificatórios foi totalmente dominado por Russell. Mas havia o questionamento se a diferença foi apenas pela habilidade de Russell ou também pela forma de Robert Kubica, que retornava à Fórmula 1 anos após um acidente que quase lhe custou a vida em uma prova de rali.
Substituto na Mercedes
Em 2020, George Russell fez dupla com Nicholas Latifi, o vice-campeão na Fórmula 2. Russell o superou nas classificações e nas corridas por uma larga margem. Foi outro ano forte para George Russell na Williams. Um acidente em Ímola arruinou as suas melhores chances de pontuar pela primeira vez, quando bateu seu carro no muro atrás do carro de segurança quando ocupava a décima posição.
No Bahrein, no entanto, aconteceu um milagre. Um teste COVID-19 positivo de Lewis Hamilton permitiu que Russell entrasse no carro do heptacampeão mundial. Era a oportunidade para o jovem britânico se colocar de vez no mapa.
Os erros estratégicos da Mercedes, contudo, arruinaram qualquer hipótese de vitória, mas um nono lugar e uma volta mais rápida deram a Russell os seus primeiros pontos na Fórmula 1. Em Abu Dhabi, teve que voltar para a Williams porque Hamilton tinha recuperado da COVID-19.
Mudança para a Mercedes
Em 2021, Russell conseguiu marcar alguns pontos para a Williams, com um segundo lugar no Grande Prêmio da Bélgica, que foi marcado pela chuva que não permitiu que a corrida passasse de algumas voltas atrás do Safety Car. O carro da Williams não foi capaz de fazer muito mais, uma vez que a equipa britânica focou seus esforços na temporada 2022.
No verão europeu de 2021, a Mercedes fez a mudança: Valtteri Bottas sairia da equipe para dar lugar a Russell em 2022. Após três anos com Williams, o britânico finalmente faria a grande mudança que se especulava desde que substituiu Hamilton no ano interior.
Como companheiro de equipe de Hamilton, a pressão por desempenho era maior do que nunca para Russell. O jovem piloto britânico, no entanto, conseguiu se adaptar melhor ao problemático carro da Mercedes, e por isso alcançou resultados melhores do que o heptacampeão mundial, terminando o campeonato na frente de Lewis e conquistando a única vitória da equipe na temporada.
A vitória em Interlagos se provou negativa para a Mercedes, que decidiu seguir com o conceito do carro para 2023, uma decisão que se mostrou errada. A equipe alemã não esboçou brigar por vitórias em nenhum momento da temporada, e Russell acabou terminando a temporada em oitavo lugar, com apenas dois pódios.
George Russell em 2024
Ao contrário de boa parte do grid, Russell não entra no seu último ano de contrato, que vai até o final de 2025. Neste ano, a Mercedes decidiu desistir do seu conceito dos últimos dois anos e irá apostar em um carro completamente diferente. Com isso, Russell renova as suas esperanças da equipe voltar aos bons dias e espera que possa competir por vitórias.